Um assunto complicado, uma pergunta sugestiva: será que aquilo que percebemos é fiel à realidade que nos cerca?
Bom, o que é comprovado academicamente a respeito dessa pergunta, que perturba nossas mentes mundanas, é que o nosso cérebro muitas vezes cria alguns códigos pra poder ler os sinais ao nosso redor, e alguns desses códigos são por exemplo os sons.
Os sons não existem.
O que existe é energia (mecânica, cinética) que são dissipadas em forma de onda. Vamos imaginar uma ocasião barulhenta; um acidente de carro por exemplo.
Os dois carros estão em alta velocidade, logo possuem grande energia cinética, os dois motoristas são imprudentes e geram um acidente. (rimou)
Naquele momento a energia cinética vai ser convertida em deformação (os carros se amassam), em energia térmica (geração de calor) e uma onda longitudinal que chega aos nossos tímpanos.
Os sons não passam de ondas, as variações entre grave e agudo não existem, nosso cérebro cria estas variações afim de conseguir ter uma melhor leitura do ambiente, é tudo uma criação interna do nosso cérebro, a onda sonora oscila numa determinada frequência que o cérebro mede, apartir disso o nosso cérebro constrói uma representação interna com variações de tonalidade sonora, intensidade e timbre. O som é um tipo de linguagem, em que seu cérebro grita: uma grande quantidade de energia foi liberada a poucos metros, um sinal de alerta, mas a linguagem utilizada é o som, o som em sí, não existe, o que circula ao nosso redor são ondas que representam energia; o som é só uma criação de nosso cérebro, a fim de identificarmos a intensidade de energia liberada, e relacionarmos com distância, e materias que entraram em choque.
Os sons não estão por aí.
Ao dedilhar as cordas do violão por exemplo, o que se faz é basicamente emitir ondas com frequências diferentes. Dependendo da corda, uma onda com maior ou menor frequência é emitida e traduzida em forma de som, quanto mais agudo for o som, maior a frequência da onda, quanto menor a frequência, mais grave é o som.
Não é coincidência a corda mizão vibrar menos que a mizinho.
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A todo momento estamos sendo bombardeados de informação desse meio externo adverso à nossa existência, saber decodificar a informação seja em forma de som ou imagens e cores é indispensável à sobrevivência.
Cabe a nós, cogitar se a tradução, a decodificação que o nosso aparelho sensorial nos traz é fiel à realidade como um todo
